Universidade e Faculdade

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Universidades públicas devem ter vestibulares simultâneos no país, diz deputado.

Todas as universidades públicas do país deverão realizar seus vestibulares simultaneamente. É o que estabelece o projeto de lei 1744/07, apresentado pelo deputado Valdir Colatto (PMDB/SC). Ele considera injusta a concorrência dos processos seletivos nessas instituições para os candidatos carentes, que não têm oportunidade de se inscrever em mais de um exame fora de casa.


Rejeitado por unanimidade pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (2), o projeto deve ir a Plenário. “A Comissão tem muitos interesses que não formam o pensamento da Câmara. Estou lutando para manter o documento”, diz. Para que chegue ao Plenário, é preciso do voto de 10% dos deputados (52 votos). “Eu tenho esse apoio”, garante.


Para o deputado, que se formou na UFPel (Universidade Federal de Pelotas) e na mesma época também se inscreveu na UFPR (Universidade Federal do Paraná), o vestibular é uma indústria de fazer dinheiro. “Não temos uma distribuição planejada de instituições federais. Enquanto um Estado tem oito faculdades, outros têm apenas uma. É uma questão de justiça com aqueles que não podem sair de jatinho pelo país fazendo vestibular”.


“Contramão”

No Estado de São Paulo, as universidades públicas se unem todo ano para elaborar um calendário em conjunto e evitar que as datas dos vestibulares coincidam. “Fazemos justamente o contrário do projeto para que os candidatos tenham mais opções”, diz Leandro Tessler, coordenador executivo da Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).


Para ele, adotar uma data única não é interessante porque limita o estudante a escolher uma carreira em uma universidade. “Se concordássemos, já estaríamos fazendo isso”, diz. Tessler arrisca uma idéia: “talvez fosse melhor elaborar uma prova única que valesse para várias instituições. Se o candidato não fosse classificado em uma faculdade, poderia usar o exame em outra”.


José Coelho Sobrinho, da coordenação do vestibular da Fuvest, que seleciona alunos para a USP (Universidade de São Paulo), diz que os candidatos demonstram interesse em fazer mais de uma prova e ter mais oportunidade. “Se o estudante só fizer uma universidade e não passar, ele terá que esperar mais um ano para tentar ingressar no ensino superior”.

julho 4, 2008 Posted by | universidades | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | 1 Comentário

ProUni tem mais de 46 mil bolsas ociosas.

Uma das principais vitrines da política educacional do governo Lula, o ProUni (Programa Universidade para Todos) amarga uma sobra de 46.623 bolsas oferecidas, o correspondente a 39,2% do total.

O programa permite que alunos carentes estudem em instituições de ensino superior privadas com bolsa integral ou parcial (de 25% ou 50%).

Em troca, as universidades ganham isenção de tributos. Se elas tiverem dívidas com a União, podem parcelá-las em até dez anos a juros da taxa Selic (12,75% ao ano), menores do que as de um banco privado.

No último processo seletivo do programa, para o segundo semestre de 2008, foram oferecidas 118.871 bolsas, mas apenas 72.248 candidatos foram pré-selecionados. Eles tiraram a nota mínima do Enem para pleitear uma bolsa (45 pontos), mas, para obter a vaga, terão de comprovar renda familiar per capita menor do que três salários mínimos. Ou seja, as vagas ociosas podem aumentar.

Quase todas as bolsas não utilizadas são parciais (94%). Boa parte (45%) é de ensino à distância –“modalidade que requer recursos tecnológicos que, muitas vezes, os candidatos a bolsa não possuem, como computador, acesso à internet em banda larga e possibilidade de deslocamentos periódicos aos pólos [presenciais]”, afirma o Ministério da Educação, ao justificar a sobra.

A maior parte das bolsas, integrais ou parciais, não-preenchidas (88%) são aquelas que as instituições oferecem a mais do que o número exigido pela lei – uma bolsa para cada 10,7 estudantes pagantes. Essas não têm impacto sobre o cálculo da isenção de tributos.

Se forem considerados os cursos, a sobra de bolsas se concentra em administração (12%), ciências contábeis (9%), pedagogia (9%), turismo (7%) e economia (6%). Essas áreas tiveram também o maior número de bolsas oferecidas.

O percentual de bolsas não-preenchidas neste ano é similar ao verificado em 2007. A proporção de bolsas ociosas foi de 33% no primeiro semestre do ano passado –em maio de 2007, os números parciais divulgados pela Folha já indicavam uma sobra de 10,6% das vagas– e de 40% no segundo. Em 2008, foi de 29% no primeiro semestre e, no segundo, no mínimo de 39%.

Medidas e críticas

Os novos números mostram o insucesso de medidas anunciadas em 2007 para estimular e facilitar as adesões ao programa. Entre elas, o aumento do prazo de pagamento, de uma vez e meia o tempo de duração do curso para o dobro de tempo – antes, um curso de quatro anos era pago em seis anos e agora pode ser quitado em oito.

Especialistas apontam como razão para a sobra de vagas a dificuldade de encontrar alunos que atendam aos dois pré-requisitos – a nota mínima no Enem e o limite de renda.

Roberto Leher, do departamento de fundamentos da educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e crítico do ProUni, diz que não houve, em paralelo com o programa, uma política para melhorar o ensino médio e reduzir a evasão dos estudantes carentes.

“A seletividade social do ensino médio não se alterou. Nos primeiros anos, o ProUni atendeu uma demanda reprimida. Agora, ela em parte foi coberta, e o numero de alunos que conclui o ensino médio dentro do nível de renda é muito baixo”, diz. “Foi alterada a porta, mas não o caminho até a porta.”

Ryon Braga, da consultoria Hoper, aponta a renda como o maior obstáculo. Segundo ele, além da bolsa, os candidatos precisam comprar livros e pagar transporte, por exemplo.

O MEC criou uma bolsa-permanência de R$ 300 mensais, mas, no primeiro semestre de 2007, apenas 4% dos selecionados foram considerados aptos a recebê-la – o critério é ter bolsa integral e estar matriculado em curso com ao menos seis horas de aula diárias.

NÃO DEIXE DE VER:

USP aumenta número de vagas para cursos de graduação

junho 30, 2008 Posted by | universidades | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | 7 Comentários

Universidade privada não segue lei de professor exclusivo

Apenas 37 das 86 universidades privadas do país cumprem a exigência legal de ter um terço dos docentes trabalhando em regime integral, aponta o Censo da Educação Superior 2006 (mais recente).

O prazo para adequação à Lei de Diretrizes e Bases da Educação se esgotou há quatro anos, mas nenhuma instituição foi punida pelo MEC. De acordo com o MEC, as universidades ainda serão reavaliadas, e as que não cumprirem a norma podem perder o direito de ampliar e abrir cursos sem prévia autorização.

O objetivo de ter professores em tempo integral –custa à instituição mais caro do que um pago por hora– visa incentivar a pesquisa e oferecer melhores condições de ensino (com horário remunerado para preparação de aulas e correção de provas, por exemplo). Nesse regime, a carga horária é de 40 horas semanais, mas somente metade em sala de aula.

maio 12, 2008 Posted by | universidades | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

Até engenharia já é ensinada à distância

Inicialmente restrita aos cursos de formação de professores e administração, a educação à distância começa a ser oferecida no Brasil em áreas em que sua aplicação não é consensual, como engenharia, enfermagem, ciências aeronáuticas e até disciplinas de medicina.

A Universidade de Uberaba (MG), por exemplo, oferece graduação à distância para as engenharias civil, ambiental, de computação, elétrica e de produção, além de um curso de ciências aeronáuticas.

Em Santa Catarina, o centro universitário Leonardo da Vinci tem curso de engenharia de produção à distância. A PUC-RS já teve um de engenharia química e a Universidade Federal de São Carlos começou no ano passado sua engenharia ambiental nesse formato.

No caso dos cursos de enfermagem, ao menos duas instituições oferecem ele à distância: Uninove, de São Paulo, e Uniderp, de Mato Grosso do Sul. Licenciatura em educação física pode ser feita na Universidade Federal do Amazonas e na Universidade Fumec, de Minas Gerais.

Na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), os alunos de medicina podem fazer parte do curso de graduação na modalidade semipresencial. Parte do conteúdo da disciplina “Técnica Operatória e Cirúrgica Experimental”, cursada pelos alunos do terceiro ano, é oferecida à distância.

Alerta

A maioria dos cursos realizados à distância ainda é dado nas áreas de educação e administração (73% deles estavam nesses dois grupos).

Sua expansão para áreas menos usuais, no entanto, põe em alerta algumas entidades.

No ano passado, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, em seu 6º Congresso Nacional, aprovou uma resolução de “não apoiar a graduação à distância para formação em qualquer nível”.

Posição semelhante tem o Cofen (Conselho Federal de Enfermagem). “Os cursos da área de saúde exigem formação prática muito grande e não há como oferecê-los à distância. Nos preocupa muito a possibilidade de pessoas que serão formadas para cuidar de gente terem pouco contato com pacientes em sua formação. Não se aprende enfermagem cuidando de bonecos”, diz Manoel Neri, presidente do órgão.

Especialistas em educação à distância defendem a modalidade. Para Vani Kenski, da USP, mesmo nos cursos que exigem mais conhecimento técnico, disciplinas podem ser planejadas para que haja uma parte em ambiente virtual.

Fredric Litto, da Associação Brasileira de Educação à Distância, conta que nos EUA as universidades oferecem graduação em cursos técnicos à distância há bastante tempo. “O curso é mais organizado.”

Cobaias

Valdício dos Passos, 49, e Jonathan De Marco, 24, são colegas no curso de engenharia ambiental à distância da UFSCar com experiências bem distintas. Passos já é formado em engenharia química e não precisou fazer as aulas de cálculo, temor de tantos alunos. De Marco faz um curso superior pela primeira vez.

“O curso exige muito mais disciplina, mas estou satisfeito. Só não sei como estão fazendo os alunos que estão estudando cálculo”, diz Passos.

De Marco responde: “Os coordenadores não estão pegando pesado logo de início. Num curso tradicional, você tem ao lado um amigo que te dá uma força, mas estamos montando um grupo que se encontra no fim de semana. Isso ajuda bastante, além do apoio dos professores”.

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Medicina da UFBA aceita renúncia de coordenador.

maio 9, 2008 Posted by | universidades | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | 3 Comentários

Coordenador da faculdade de medicina da Ufba renuncia

Dantas causou polêmica ao afirmar que os estudantes baianos tinham “déficit de inteligência”

O coordenador do colegiado da Faculdade de Medicina (Famed) da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Antonio Natalino Manta Dantas, anunciou, em nota distribuída neste domingo, que renuncia ao cargo. Dantas causou polêmica ao afirmar que os estudantes baianos tinham “déficit de inteligência” em comparação com os de outros lugares e que sofriam “contaminação” por causa do sistema de cotas.

As afirmações foram feitas como justificativa para o baixo rendimento da Famed no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), do Ministério da Educação (MEC).

Na nota, ele afirma ter renunciado ao cargo de coordenador no dia 30 e pede desculpas pelas declarações. “Por força de um estado emocionalmente comprometido e por uma profunda tristeza, uma irritação incomum e um assomo de destempero arrastaram-me a uma manifestação inadequada, da qual expressamente me redimo”, diz o texto. “Ela não reflete o que vem do meu íntimo, não traduz o meu pensamento, o que, aliás, vem sendo reconhecido e externado pelas pessoas que me conhecem.”

Em alguns trechos da nota, o professor afirma que as declarações foram dadas por pressão de jornalistas – como quando disse que o berimbau, um dos símbolos da Bahia, é o “típico instrumento de quem tem poucos neurônios”. “Fui incisivamente indagado por jornalistas acerca do meu gosto musical, o que certamente foi feito para criar polêmica”, justifica.

As afirmações de Dantas levaram o Ministério Público Federal a instaurar um procedimento administrativo, com o objetivo de apurar se houve conteúdo discriminatório “racial ou de procedência” em suas afirmações.

Na manhã desta segunda-feira, estudantes e professores da Famed reúnem-se em assembléia para analisar a situação da faculdade. Na terça, é a vez de o colegiado da instituição se reunir para definir ações que combatam o mau desempenho nas avaliações. Durante a semana, a Câmara de Graduação da Ufba começa uma auditoria acadêmica na Famed, a pedido do reitor Naomar Almeida Filho.

Confira a íntegra da nota enviada pelo professor:

Com referência ao noticiário veiculado nos meios de comunicação acerca das declarações por mim prestadas sobre o mau desempenho dos estudantes da Faculdade de Medicina da Bahia no ENADE (Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes), esclareço à comunidade que aquelas palavras não refletiram o meu sentimento interior e não condizem com a minha história de vida, notadamente com a minha vida acadêmica.

Pessoas que privam do meu convívio diário conhecem a minha simplicidade, o meu perfil democrático, o meu senso de justiça e o lhano trato que dispenso aos estudantes, professores, funcionários, pacientes, enfim, a todas as pessoas, sem distinção de qualquer natureza.

Não sou racista e não tenho restrições à inteligência da comunidade baiana ou qualquer outra, até mesmo por razões científicas. Na condição de Professor Universitário da área médica, tenho perfeito conhecimento que, haja vista a apresentação tão homogênea do genoma na espécie humana, não se permite precisar ou definir a existência real de raças entre os indivíduos. Em outras palavras: os seres humanos são biologicamente iguais.

Instado por jornalistas para justificar o baixo desempenho dos estudantes de Medicina no ENADE, e insistentemente cobrado a me manifestar sobre um resultado que ainda não era de meu conhecimento, fui colhido de surpresa. Por força de um estado emocionalmente comprometido e por uma profunda tristeza, uma irritação incomum e um assomo de destempero arrastaram-me a uma manifestação inadequada, da qual expressamente me redimo. Ela não reflete o que vem do meu íntimo, não traduz o meu pensamento, o que, aliás, vem sendo reconhecido e externado pelas pessoas que me conhecem.

Além disso, algumas das minhas declarações foram publicadas de forma descontextualizada, o que culminou num sem número de interpretações distorcidas e equivocadas, todas elas distantes do meu propósito e do seu real significado.

Se efetivamente entendesse ter o baiano QI baixo, não teria ressaltado, na mesma ocasião, o bom desempenho alcançado no ENADE pelos estudantes da Faculdade de Medicina de Ilhéus e da Faculdade de Direito da UFBA, que também são baianos. Demais disto, sou baiano, como de resto toda a minha família e os mais longínquos dos meus ancestrais.

Conforme declarei, várias podem ter sido as causas que levaram os estudantes de Medicina ao desempenho insatisfatório. Ante a insistência para que eu apontasse a causa desse resultado, limitei-me a esclarecer que isso certamente decorria da soma de múltiplos fatores. Jamais tive a intenção de apontar o sistema de cotas, tampouco a implantação intempestiva da transformação curricular, como causa direta do resultado. Num universo de possibilidades, não posicionei certezas.

Dos meus quase setenta anos de vida, quarenta e dois foram dedicados ao ensino da medicina, sempre tendo mantido com os estudantes um trato amistoso e sem incidência de problemas. Tenho respeito e admiração pelos mesmos, que são selecionados por um altamente competitivo e qualificado exame vestibular.

Embora isso nada tenha a ver com o ENADE, fui incisivamente indagado por jornalistas acerca do meu gosto musical, o que certamente foi feito para criar polêmica relativamente à cultura afro-brasileira. Esclareço ter minhas preferências musicais, que são ou não coincidentes com as de outras pessoas, e tenho toda a liberdade de expressá-las. Aliás, como bem disse, recentemente, o Ministro Ayres Britto, do STF, a liberdade de expressão é a maior expressão da liberdade. Respeito os gostos alheios e queiram me desculpar aqueles onde o meu desagrado recaiu. Sobre o berimbau, por exemplo, a minha falta de familiaridade com o mesmo me levou a uma noção distorcida. Diante das explicações dadas nos últimos dias pelos experts, contudo, passei a concebê-lo como um instrumento musical complexo e de difícil execução.

Por outro lado, acrescento que esses resultados do ENADE referem-se a período anterior a minha gestão de coordenador do curso de graduação da FAMEB, cargo para o qual fui eleito há tão somente um ano, por unanimidade dos membros presentes na sessão, dentre professores e representantes estudantis. Entretanto, em razão da repercussão e o mal-estar causado pela interpretação dada às minhas declarações, comuniquei a minha renúncia ao Sr. Diretor da Faculdade no último dia 30.

Por fim, que fique evidente: não sou racista ou preconceituoso e acredito em Deus.

Peço desculpas. Não tive a intenção de ofender a quem quer que seja.

ANTONIO NATALINO MANTA DANTAS”

Veja mais em:

Curso isolado de medicina tem melhores notas.

maio 5, 2008 Posted by | universidades | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | 2 Comentários

Após duas semanas, estudantes da UnB decidem deixar prédio da reitoria

Após duas semanas, os estudantes da UnB (Universidade de Brasília) decidiram hoje em assembléia desocupar o prédio da reitoria da universidade. A desocupação começa amanhã –o prédio está ocupado desde o último dia 03.

De acordo com os alunos, os estudantes vão se manter em estado de mobilização. “A desocupação acaba, mas permanecemos em estado de mobilização. Queremos manter um calendário de negociação”, disse Karla Gamba, uma das representantes do comitê de negociação dos estudantes da UnB.

Quando iniciaram a ocupação, os estudantes reivindicavam a saída do então reitor Timothy Mulholland, suspeito de envolvimento com suposto desvio de recursos da Finatec –que renunciou ao cargo no domingo– para decoração de seu apartamento funcional. Mesmo após a renúncia de Mulholland, os estudantes vinham mantendo a ocupação. Eles agora querem realização de eleições paritárias para escolha do reitor.

Ontem, os estudantes se reuniram com novo reitor da UnB, Roberto Aguiar. Ao sair do encontro, reitor e alunos adotaram discursos diferentes. Aguiar afirmou que os estudantes deixaram a reitoria em 48 horas. “Estabelecemos um prazo para sair. Vão sair em 48 horas.”

Depois Aguiar recuou e afirmou que essa era a expectativa dele. “A minha expectativa é que em 48 horas ou menos eles saiam.”

Já os alunos disseram que essa decisão só poderia ser tomada em assembléia, como ocorreu hoje.

Eleições paritárias

Atualmente, o voto dos estudantes tem peso de 15%. O voto dos professores tem peso de 70% e os, dos servidores, de 15%. A saída dos membros da direção da reitoria da UnB era uma das principais reivindicações do DCE (Diretório Central dos Estudantes).

Reportagem da Folha informa que a paridade pode esbarrar em um obstáculo legal. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases) estabelece que ‘os docentes ocuparão 70% dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações (…) da escolha de dirigentes’.

Segundo o ministro Fernando Haddad (Educação), as universidades podem fazer consultas informais paritárias antes do pleito oficial, e os 70% dos professores previstos por lei acatem o nome sugerido.

abril 17, 2008 Posted by | universidades | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

Estudantes da UnB decidem manter reitoria ocupada.

Apesar dos pedidos de demissão de reitor e vice-reitor, alunos querem ver atendidas outras reivindicações.

Estudantes durante ocupação

Reunidos nesta segunda-feira, 14, em assembléia, os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) decidiram manter a ocupação da reitoria, apesar dos pedidos de demissão do reitor Timothy Mulholland e do vice-reitor Edgar Mamya. Os estudantes querem ver atendidas outras reivindicações.

A assembléia dos estudantes começou por volta do meio-dia.  Depois da renúncia do reitor, Timothy Mulholland, e do pedido de exoneração do vice, Edgard Mamyia, no final de semana, os universitários discutem agora sua participação na indicação do nome do reitor temporário, que deve ser definido nesta segunda em reunião do Conselho Superior Universitário (Consuni), às 15 horas. O reitor interino será responsável pela organização de novas eleições.

As denúncias contra o reitor Timothy Mullholland surgiram no início de fevereiro, em meio ao escândalo da farra com os cartões corporativos, que resultou na saída da ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. A universidade apareceu como líder no ranking de instituições federais em gastos com cartões, e Mulholland teria usado recursos públicos de uma fundação, no total de R$ 470 mil, para mobiliar o apartamento funcional ocupado pelo reitor.

Por conta das denúncias, a reitoria da universidade foi ocupada no dia 3 de abril pelos alunos, que reivindicavam o afastamento definitivo de Mulholland, anunciado neste domingo.

abril 14, 2008 Posted by | universidades | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

Pressão dos pais dificulta escolha profissional

Quando a expectativa fica muito grande, vestibulando deve dialogar com a família. Sucesso dos filhos na carreira é principal desejo de pais de estudantes do ensino médio.

 

 

A principal preocupação dos pais é com o futuro dos filhos e uma pesquisa realizada em uma escola de Belo Horizonte revelou que pai de vestibulando sofre: 85% dos entrevistados afirmaram que o sucesso profissional dos filhos é o que mais os angustia. Mas a expectativa da família só aumenta o problema na hora de escolher a carreira.

“Estou um pouco nervoso, quero fazer cinco faculdades diferentes!”, conta Hermano Rauch, de 17 anos. Os colegas dele vivem a mesma indecisão e cobrança: “Meu pai, por exemplo, é formado em direito. Então ele e minha mãe ficam tentando me convencer a estudar direito”, conta Yuti Alvarenga, também de 17 anos.

Para a orientadora profissional, Carla Couto, exigência é diferente de pressão e tem de ser feita com afetividade. “Se a pressão está muito forte, tem que fazer jogo aberto mesmo, e dialogar com os pais”, diz.

As dúvidas e a tentativa de agradar aos outros levaram Renato Melgaço, de 24 anos, a fazer escolhas erradas. “Fiz um mês de publicidade, larguei e depois fiz dois períodos e meio de direito. Larguei de novo, fiz mais dois de matemática, e agora estou na educação física. Acho que é o que eu quero”, conta. 

O exemplo de Renato não aliviou a barra da irmã, Laylla. “Nós queremos ver acontecer, vamos exigir. Afinal de contas, o tempo é muito importante e precisa ser aproveitado”, diz o pai deles. Alem da pressão da família, Laylla Melgaço tem outro tormento. “Hoje em dia tem milhões de cursos, isso deixa mais difícil a nossa escolha”, conta a garota, de 17 anos. 

Segundo dados do ministério da Educação (MEC), são oferecidos 569 cursos em 84 áreas diferentes nas universidades de todo o país. Só Engenharia, por exemplo, chega a ter 50 especializações. 

 

Comece pela área de trabalho

 

Para a orientadora profissional Denise Nascimento, o estudante do terceiro ano do ensino médio precisa saber pelo menos a área de trabalho em que quer atuar até o meio do ano. Ela também diz que pesquisar tudo sobre as profissões ajuda na escolha. “O aluno deve olha o currículo daquela profissão, as matérias que são dadas na faculdade”, ensina.

“O estudante tem que se perguntar: ‘que tipo de trabalho eu tenho que fazer para ser um profissional dessa área?’ As minhas características de personalidade, de interesse e de aptidão são condizentes com esse mercado?”.

abril 2, 2008 Posted by | universidades | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

USP endurece regras de jubilação de estudantes.

Uma mudança no regimento geral da USP alterou as regras para cancelar a matrícula (jubilação) de alunos que deixem de freqüentar cursos.

 A partir da nova resolução, assinada pela reitora Suely Vilela, ficaram menores os períodos em que o aluno pode permanecer fora da universidade sem perder automaticamente o direito à matrícula. O prazo caiu de três para dois semestres consecutivos sem matrícula.

Avaliada desde 2005, a medida foi aprovada pelo Conselho Universitário no último dia 4 e passou a vigorar anteontem. As mudanças, porém, só começam a ser aplicadas aos estudantes que entraram na universidade a partir deste ano. A USP conta com cerca de 50 mil alunos na graduação.

“A intenção da nova regra é identificar com mais antecedência aquele aluno que evadiu, para podermos usar essa vaga”, disse o professor Quirino Augusto de Camargo Carmello, coordenador da câmara do conselho de graduação que analisou a mudança.

Anualmente, a USP realiza um concurso de transferência, para que estudantes de outras instituições possam ocupar as vagas ociosas.

Outra mudança determinada pelo conselho prevê que o aluno perde a matrícula quando ficar dois semestres seguidos sem nenhum crédito (ou seja, aprovado em ao menos uma disciplina). O regimento antigo previa até quatro semestres.

Uma das alterações mais contundentes do regimento acaba com a possibilidade de o aluno ficar indefinidamente fora da universidade sem perder o vínculo de forma definitiva.

 O estudante excluído podia pedir reanálise e, havendo vaga, retomar o curso a qualquer momento (mesmo que 20 anos depois). Agora há um limite de cinco anos para isso – e o pedido só poder ser feito uma vez.

“A mudança no regimento ajuda a controlar problemas causados pela evasão, mas é preciso informar ao aluno quando ele estiver prestes a ser jubilado”, diz o presidente da Adusp (Associação dos Docentes da USP), Otaviano Helene.

Helene criticou somente o estabelecimento de prazos para que o estudante apresente pedido para ser reincorporado. “É desnecessário, porque não implica nenhum custo para a universidade.”  

março 20, 2008 Posted by | universidades | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

MPF amplia investigação sobre faculdades particulares em GO.

Repórter foi aprovado em quatro universidades de direito sem ter lido 80% das questões das provas

 

O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás decidiu ampliar as investigações sobre vestibulares realizados por instituições particulares, para preservar o padrão mínimo de qualidade do ensino. A matéria sobre um repórter do jornal O Popular, de Goiás, que foi aprovado em quatro vestibulares para direito sem sequer ter lido 80% das questões das provas, pesou consideravelmente na decisão do MPF.

 

A Universidade Paulista (UNIP) já vinha sendo investigada em razão dos indícios de mercantilização da prestação de ensino e ausência de critérios no processo seletivo. A instituição aprovou, em seu vestibular de direito, uma criança de oito anos, estudante do ensino fundamental.

 

A procuradora da República Mariane Guimarães de Mello Oliveira pede que o Ministério de Educação realize, num prazo de 30 dias, a fiscalização dos processos seletivos em todas as instituições.

 

Segundo Mariane, o objetivo é verificar se estão adotados critérios pedagógicos suficientes para preservar um padrão mínimo de qualidade do ensino, conforme estabelece a Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

 

 

 

Por Paulo R. Zulino

março 18, 2008 Posted by | universidades | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário